Lista divulgado pelo Ministério da Educação, nesta quinta-feira, 21, contempla apenas uma escola no Rio Grande do Norte, da rede municipal de Natal. A Prefeitura de Mossoró, que se candidatou com três escolas, ficou fora do processo de triagem do MEC
BLOG DO CÉSAR SANTOS
Mossoró ficou de fora da primeira etapa do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, do Ministério da Educação (MEC). A cidade não aparece na lista das 54 instituições escolhidas em 23 estados e pelo Distrito Federal. Os municípios contemplados para compor o projeto-piloto do programa em 2020 foram anunciados nesta quinta-feira, 21 de novembro, em coletiva de imprensa na sede da pasta, em Brasília.
A Prefeitura de Mossoró havia se candidatado após o Governo do Estado ter se negado a participar do projeto, uma vez que a governadora Fátima Bezerra (PT) é contra escolas cívico-militar. Como o MEC abreu inscrição para municípios interessados, a Prefeitura ofereceu três escolas da rede municipal de ensino: Raimunda Soares do Couto, bairro Santo Antônio; Celina Guimarães, no Barrocas; e Heloísa Leão, no bairro Bom Jesus.
A escolhida do Rio Grande do Norte foi uma escola de Natal.
A parceria do MEC com o Ministério da Defesa vai ser implementada em 38 escolas estaduais e 16 municipais. Cerca de 1.000 militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão educacional das instituições.
“[As escolas] começam a funcionar já na volta às aulas. É um modelo que acreditamos que vai ter um amplo sucesso no Brasil”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A região Norte será contemplada com 19 escolas. No Sul, serão 12 unidades e no Centro-Oeste, 10 instituições farão parte do programa. Além disso, outras oito escolas estarão no Nordeste e cinco no Sudeste.
Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino. São dois modelos. Em um, de disponibilização de pessoal, o MEC repassará R$ 28 milhões para o Ministério da Defesa arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas. Os outros R$ 26 milhões vão para o governo local aplicar nas infraestruturas das unidades com materiais escolares e pequenas reformas — nestas escolas, atuarão policiais e bombeiros militares.
Por estado
Apenas Piauí, Sergipe e Espírito Santo ficaram de fora. Confira a lista dos municípios por estado:
Acre: Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard
Amapá: duas escolas em Macapá
Amazonas: duas escolas em Manaus e outra indicação do estado
Pará: Ananindeua, Santarém e duas escolas em Belém
Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
Roraima: Caracaraí e Boa Vista
Tocantins: Gurupi, Palmas e Paraíso
Alagoas: Maceió
Bahia: Feira de Santana
Ceará: Sobral e Maracanaú
Maranhão: São Luís
Paraíba: João Pessoa
Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
Rio Grande do Norte: Natal
Distrito Federal: Santa Maria e Gama (regiões administrativas de Brasília)
Goiás: Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso
Mato Grosso: duas escolas em Cuiabá
Mato Grosso do Sul: Corumbá e duas escolas em Campo Grande
Minas Gerais: Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
São Paulo: Campinas
Paraná: Curitiba, Colombo, Foz do Iguaçu e outra indicação do estado
Rio Grande do Sul: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
Santa Catarina: Biguaçu, Palhoça, Chapecó e Itajaí
VEJA REPORTAGEM ESPECIAL NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE FATO DESTA SEXTA-FEIRA, 22
Tags: