Decreto a ser publicado nesta quinta-feira vai permitir a reabertura de lojas no setor de material de construção, insumos agrícolas e óticas. Outros segmentos como bares, restaurantes, shoppings, lojas de roupas, eletrodomésticos continuarão fechados
A Prefeitura de Mossoró vai publicar nesta quinta-feira, 23, novo decreto de isolamento social para enfrentamento da pandemia da Covid-19, com flexibilização para setores do comércio e serviços, que poderão voltar a funcionar a partir da próxima segunda-feira, 27. A decisão foi tomada pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP) em reunião com a chamada “comissão da crise”, formada para definir ações de combate ao novo coronavírus.
O novo decreto contemplará lojas de material de construção como ferragens, tintas e outros, lojas de insumos agrícolas e óticas. A reabertura, porém, está condicionada a uma série de medidas que essas empresas devem adotar para o atendimento ao cliente, como por exemplo, uso de máscara e de álcool em gel por funcionários e pessoas que tiverem acesso às lojas.
Os outros setores atingidos pelo decreto do isolamento social continuarão fechados como lojas de roupa, calçados, papelaria, shoppings, bares, restaurantes, clubes de lazer, além de templos religiosos e outros setores de aglomeração, que não são considerados essenciais.
Outros pontos deverão ser inseridos no decreto, mas que ainda não foram totalmente concluídos na reunião de ontem. Durante todo o dia de hoje, a “comissão da crise” deve apresentar sugestões que podem ser colocados no documento.
A reabertura parcial do comércio, conforme definido, bate de frente com as entidades do comércio e indústria que defendiam uma abertura maior.
O segmento comercial de Mossoró vem exercendo forte pressão para a Prefeitura flexibilizar as medidas restritivas. A Câmara de Dirigentes Lojas (CDL), apoiada pelo Sindicato do Comércio Varejista (SINDVAREJO) e a Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) chegou a encaminhar um documento com proposta de reabertura gradativa do comércio. Os dirigentes afirmaram que o setor não tem mais condições de sustentar a quarentena, reclamando dos prejuízos financeiros e suas consequências.
A proposta apresentada por CDL/Sindvarejo/ACIM previa a reabertura gradativa a partir de sexta-feira, 24, atendendo em sequência as lojas de materiais de construção, ferragens, ferramentas e tintas; depois o segmento de tecidos, aviamentos, papelarias, embalagens e gráficas; em seguida, loja de móveis, eletrodomésticos, colchões e eletroeletrônicos; lojas de roupas, calçados, perfumes, bijuterias e itens de beleza e decoração.
As entidades ressaltaram que o processo de reabertura das economias está sendo discutido em todo o mundo e, no Brasil, dez estados já encaminharam o processo de retomada das atividades de setores econômicos. Rio Grande do Norte e Mossoró não poderiam ignorar esse processo.
O município entendeu que ainda não é hora para abertura mais ampla do comércio local. Os membros da “comissão da crise” argumentaram que a cidade deve sofrer uma evolução no número de infectados, consequência das aglomerações nas agências bancárias e casas lotéricas, por isso, é preciso retardar a reabertura das lojas para evitar maiores consequências.
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