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Postado às 10h30 | 28 Jul 2020 | Redação Hospital da Mulher: única obra do Governo do Estado em Mossoró está paralisada há um ano

Hospital Materno-Infantil deveria ter sido concluído em julho de 2019, mas a obra foi paralisada há um ano e não previsão de retomada. É a única obra do Governo do Estado em Mossoró. O Hospital da Mulher foi projetado para atender a toda região

Crédito da foto: JORNAL DE FATO/Arquivo Obra do Hospital da Mulher em Mossoró está paralisada desde o ano passado

COLUNA CÉSAR SANTOS/JORNAL DE FATO

O radialista Jota Nobre, no seu “Comando Geral” da RPC, chamou a atenção para o fato de a única obra do Governo do Estado em Mossoró está paralisada há um ano. Referiu-se ao Hospital Materno-Infantil, ao lado do campus central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no bairro Costa e Silva, zona leste da cidade.

No canteiro de obra uma placa exibe a previsão de conclusão: julho de 2019 (foto abaixo). No local, apenas vigiais que se revezam para evitar o risco de depredação. Quanto ao retorno dos serviços, nenhuma previsão e/ou informação.

Quando a governadora Fátima Bezerra (PT) assumiu o Estado, em janeiro do ano passado, a obra estava em andamento, mas havia um processo tramitando na Justiça que questionava a licitação realizada pela gestão do ex-governador Robinson Faria (PSD). Depois, a empresa construtora ameaçou paralisar os serviços alegando atraso de pagamento. Em seguida, a paralisação sob a justificativa que havia erros no projeto da obra.

Depois daí, um ano se passou. O governo não tem previsão de quando retomará as obras, muito menos de quando pretende conclui-la. No duro, prevalece o silêncio.

É o retrato da incapacidade de gestão do atual Governo do Estado, isso porque os recursos da obra estão disponibilizados em conta bancária. São oriundos do Banco Mundial, por meio do projeto “RN Sustentável” criado na gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), e rebatizado pelos governos Robinson/Fátima de “Governo Cidadão”.

Para entender melhor vamos voltar no tempo. No governo Rosalba, entre 2011 e 2014, foi elaborado o “RN Sustentável” para garantir obras que promovessem o desenvolvimento sócio e econômico do Estado. O Banco Mundial aprovou um financiamento de 540 milhões de dólares. Entre os projetos mais importantes estava a construção do Hospital Materno-Infantil em Mossoró.

A gestão Rosalba deixou o projeto pronto e o dinheiro em caixa para a obra ser iniciada e tocada pelo sucessor, Robinson Faria. Ele iniciou a construção em 2017, mas não concluiu. Daí, a missão ficou para Fátima Bezerra, que tem negligenciado até aqui.

Estamos falando de uma obra importantíssima para atendimento à saúde da mulher e da criança. O hospital foi projetado para uma área de 36.000 m², com 178 leitos. O Hospital será referência para três regionais de Saúde, uma área que abrange 64 cidades do Oeste potiguar, com cerca de 1 milhão de pessoas.

O projeto prevê leitos de Observação do Pronto Socorro, sala de estabilização/reanimação, leitos Femininos e leitos pediátricos. E leitos de internação: ginecologia e intercorrências (10), assistência humanizada ao aborto (6), risco habitual (20), GAR – alto risco (16), pediatria cirúrgico (6) e isolamento adulto feminino (2).

A estrutura também terá:

Leitos de Unidade Intensiva e Cuidados Intermediários: UTI (10), UTIN (20), UCINCA (15), UCINCO (15). E leitos complementares: CPN intra-hospitalar (5) e CGBP (20). Serão instaladas unidades funcionais - centro obstétrico: PPP (15), salas cirúrgicas obstetrícia (3), cirurgia eletiva (1).

Portanto, uma estrutura grandiosa, capaz de resolver o problema de assistência materno-infantil que afeta Mossoró e toda a região. Mas, infelizmente, ignorada pelo governo.

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