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Postado às 08h45 | 10 Mar 2022 | redação Professores esperam proposta de pagamento do reajuste de 33,24% para evitar greve

Setores da gestão municipal acenam que o prefeito Allyson não vai cumprir o reajuste salarial dos professores e apresentará proposta dentro da realidade financeira da Prefeitura. Categoria tem indicativo de greve aprovado para esta sexta-feira, 11

Crédito da foto: Jornal de Fato Eleite Vieira é a presidente do Sindiserpum

Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO

Nesta quinta-feira, 10, a gestão municipal deve apresentar a proposta para o reajuste do piso salarial dos professores. O reajuste de 33,24% dos professores é previsto por Lei Federal e deve ser concedido por governos estaduais e municipais. A data da apresentação da proposta foi definida após um consenso entre sindicato e gestão municipal, numa reunião ocorrida no final de fevereiro.

Na ocasião, ficou definido que, antes da apresentação da proposta, a gestão e o sindicato deveriam avaliar, em conjunto, os impactos que esse reajuste possa vir a provocar no município, caso seja pago integralmente. O sindicato aguarda o posicionamento da Prefeitura de Mossoró (PMM) para definir, em assembleia marcada para sexta-feira, 11, se a categoria entrará ou não em greve.

O indicativo de greve foi aprovado há quase um mês pelos professores municipais. Como já existe o indicativo, a greve deve ser aprovada a qualquer momento, desde que seja deliberada pela categoria. Os professores municipais demonstram que não hesitarão em deflagrar a paralisação das atividades, caso a proposta apresentada pelo prefeito Allyson Bezerra não contemple o que é esperado pela categoria.

O procurador do Município, Raul Santos, informou nesta quarta-feira, 9, no programa Foro de Moscow, que o impacto que o reajuste do piso salarial dos professores pode chegar aos R$ 44 milhões por ano. Ele informou ainda que os educadores municipais já recebem o piso nacional da educação e que não garante que a gestão municipal conceda o reajuste total de 33,24%. “A proposta vai ter, e a decisão será dele (prefeito). Mas será com base na realidade”, afirmou.

Com a nova lei, o piso dos professores, para o cumprimento de 30 horas semanais, passa a ser de R$ 2.884,00, considerando a proporcionalidade do reajuste de R$ 3.845,63 para 40 horas. Segundo a Procuradoria-Geral, o município paga atualmente R$ 3.319,34 aos professores de ensino médio com jornada de 30 horas.

Já o Sindiserpum afirma que o sindicato também fez as contas. “O impacto mensal é de R$ 3,6 milhões, mas este é um problema que a Prefeitura tem que resolver. O impacto financeiro do ano passado com o salário dos professores foi zero, pois não se teve qualquer reajuste, há ainda uma defasagem de 0,42% de 2019, não dado pela então gestora, isto deve entrar na conta também”, informou Eliete Vieira, presidente do Sindicato.

Caso não ocorra o consenso, os professores poderão deflagrar a greve por tempo indeterminado, poucos dias após o início do ano letivo. O sindicato frisa que, além do reajuste do piso, a categoria também luta por melhores condições de trabalho, com a realização de concurso público, melhoria nas estruturas das escolas, entre outros pontos.

 

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