A presença de Lula no Rio Grande do Norte será um desafio para o ex-prefeito Carlos Eduardo, presidente estadual do PDT, que firmou aliança com o PT para ser candidato a senador na chapa da governadora Fátima Bezerra (PT) e do pré-candidato a vice-governador Walter Alves (MDB). É que o PDT tem candidato à presidência, Ciro Gomes, que vem batendo de frente com Lula, tendo aumentado o tom dos ataques nos últimos dias.
A presença de Carlos Eduardo é uma dúvida, mas, se ele resolver ir terá que se explicar com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e com o próprio Ciro Gomes. Recentemente, em entrevista a uma emissora de Natal, o ex-prefeito disse que Lula é a melhor opção para o País e único nome em condições de derrotar o presidente Bolsonaro (PL).
As palavras de Carlos Eduardo serviram para acalmar a militância do PT que é contrária à aliança com ele. No entanto, o momento é bem delicado porque o PDT perdeu validade no RN e depende da autorização da Executiva Nacional do partido para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral. A presença do ex-prefeito na agenda de Lula, se ele for, poderá agravar a situação.
Por outro lado, se decidir não ir ao encontro de Lula, Carlos Eduardo abrirá caminho para o deputado federal Rafael Motta (PSB), que lançou pré-candidatura a senador com a simpatia de setores da esquerda potiguar. Rafael Motta, inclusive, tem dito que é o candidato de Lula, fazendo valer a aliança do PT/PSB no plano nacional.
Além disso, Rafael tem alfinetado Carlos Eduardo, quando explora que ele é o único pré-candidato a senador, no ambiente governista, que votou em Fernando Haddad (PT) para presidente em 2018. Naquelas eleições, Carlos Eduardo, que foi candidato a governador contra Fátima, fez campanha e votou em Jair Bolsonaro.
O PSB nacional também está de olho na visita de Lula. O partido, que indicou Geraldo Alckmin para vice do petista, quer reciprocidade nos estados, incluindo o Rio Grande do Norte como uma das prioridades.
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