Domingo, 19 de janeiro de 2025

Postado às 11h15 | 06 Fev 2023 | redação Opinião César Santos: Desafio da transição energética no Rio Grande do Norte

Crédito da foto: Elisa Elsie / Assecom-RN Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, com a governadora Fátima Bezerra

Por César Santos / Jornal de Fato

A permanência da Petrobras no Rio Grande do Norte, anunciada pelo presidente da petroleira, ex-senador Jean Paul Prates (PT), não tem impacto na produção de petróleo e gás. Esses setores vão continuar como estão, inclusive, Paul confirmou que as vendas dos ativos não serão suspensas, ou seja, a estatal continuará transferindo a produção de petróleo para a iniciativa privada.

O que tem relevância, mesmo, é a decisão de o Rio Grande do Norte ser escolhido para sediar as atividades de energias renováveis da Petrobras. Isso representa novos investimentos que vão acelerar o desenvolvimento econômico e, por gravidade, a qualidade de vida da população.

A decisão da Petrobras reconhece a força do RN na produção de novas energias. Hoje, na área de energia eólica, o estado é o maior gerador do Brasil e da América Latina, com 224 usinas em operação, correspondendo a 7 gigawhats de potência instalada. Além disso, possui o maior hub de serviços e suprimentos para setor eólico do Brasil, atendendo a todo o território nacional e América Latina.

Nos últimos anos, o RN vem contribuindo significativamente para a transição energética para uma economia de baixo carbono, adotando como meta prioritária em seu planejamento energético a expansão das fontes renováveis e a redução da participação de fontes de origem fóssil. Isso permitiu que o Estado atingisse percentuais superiores em comparação a países considerados desenvolvidos. Atualmente, 94% de toda a energia produzida no RN é proveniente de fontes limpas e renováveis.

O Estado, inclusive, já iniciou o desenvolvimento de novas fontes de geração e armazenamento de energia, com especial atenção para o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. Acordos com empresas do setor vão garantir investimentos para desenvolver e implantar o Polo produtor de energia e o hub de produção, armazenamento e exportação de hidrogênio verde e amônia verde.

Isso viabilizará a implantação de 8 grandes usinas eólicas no mar que juntas somam cerca de 13 GW de potência instalada, sendo o potencial para geração de energia eólica offshore do estado de 140 GW. Para suporte a esse novo setor, o governo está trabalhando para viabilizar o Porto-Indústria verde com 13.300 hectares de área, que provavelmente ficará localizado em Caiçara do Norte, litoral norte do estado.

Para não restar dúvidas da força do estado na produção de energias renováveis, basta observar alguns números:

- 7 gigawhats de potência instalada

- 1,6 bilhão de reais na geração de energia limpa no Projeto Mendubim, que entrará em operação até dezembro de 2023;

- 1.200 empregos devem ser gerados na região do Vale do Açu;

- 224 parques de energia eólica atualmente em operação;

- 44 parques eólicos estão em construção;

- 94% da matriz elétrica do RN são de fontes renováveis.

Portanto, é extraordinário para o estado concentrar as atividades de energias renováveis da Petrobras. Os novos investimentos consolidarão o processo de liderança do RN na produção de novas energias e, certamente, darão um salto de desenvolvimento econômico no Estado.

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