Padre Sátiro Cavalcanti Dantas e o prefeito Allyson Bezerra
Por César Santos / Jornal de Fato
A voz do padre educador Sátiro Cavalcanti Dantas sempre foi referência e ouvida pela sociedade mossoroense em geral. Nos momentos mais difíceis, em que o tecido social era afetado, a sua palavra tinha poder de cura. Ouvi-lo era e é uma obrigação. Sempre.
O momento que Mossoró está vivendo, numa crise profunda de relacionamento entre a gestão municipal e os servidores públicos, sugere uma voz pacificadora, equilibrada, com reserva e estatura moral, no sentido de quebrar as barreiras truculentas e devolver a paz para o bem da cidade e do cidadão.
O cabo de guerra não pode continuar separando o gestor da gestão de pessoas. As duas partes precisam trabalhar em sintonia para que a máquina alcance aqueles que mais precisam dos serviços públicos, principalmente em áreas vitais como saúde e educação.
É inaceitável que o prefeito Allyson Bezerra e os servidores dividam o chão de Mossoró porque não conseguem habitar o mesmo espaço. Se um não gosta do outro, que se respeitem em nome do bem maior. Não precisam se abraçarem, mas dialogar é obrigação.
O gestor e a equipe de todos os escalões têm compromisso de bem servir à população e isso só é possível quando existe sintonia, responsabilidade, respeito e, principalmente, o trabalho em conjunto.
Talvez, e provavelmente, a sabedoria de Sátiro Dantas estaria sendo ouvida se a surdez da prepotência não fosse tão acentuada. E olhe que o padre educador, com o seu jeito de ser, emitiu conselho de forma sutil, mas, clara, ao receber das mãos do prefeito da cidade a Medalha Prefeito Rodolfo Fernandes:
“Eu me sinto forte, porque tenho certeza que tudo que eu fiz foi ao lado de alguém. Eu sempre trabalhava com uma equipe. Aí a minha certeza de jogar em qualquer hora e em qualquer dia, em espírito de equipe. A instituição, o profissional que se apoiar em sua equipe, e ter confiança e dar liberdade, ele tem méritos.”
E deixou a reflexão: “A nossa luta é contra a pobreza intelectual”.
Mais do que os aplausos das autoridades presentes, o padre educador deveria, e deve, ser ouvido.
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