Por César Santos – Jornal de Fato
A deputada estadual Isolda Dantas (PT) acredita na construção de uma frente ampla da oposição para a sucessão na Prefeitura de Mossoró de 2024 e, para isso, defende o diálogo com todos os grupos contrários à atual gestão municipal, inclusive, com a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas), adversária histórica do PT.
Pré-candidata à prefeita, aclamada na plenária do PT ocorrida há pouco mais de duas semanas, Isolda avisou ao partido que o seu nome será o do diálogo. A deputada entende que o objetivo maior nas próximas eleições será livrar “Mossoró do caos que vive hoje” e, para isso, é preciso que as forças de oposição estejam unidas para enfrentar o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil).
Na entrevista ao “Cafezinho com César Santos”, publicada na edição do Jornal de Fato de domingo, 19, Isolda Dantas foi clara: “Nós estamos dialogando com todos. Eu já disse ao PT que o meu nome é o nome do diálogo, ou seja, está aberto para dialogar com todos os outros grupos de oposição. Nós precisamos levar em conta o que é mais importante nesse momento.”
Seguiu: “Nós não podemos deixar Mossoró parada no tempo. A nossa cidade tem muito potencial e isso pode ser perdido por uma gestão incompetente, sem projeto, sem rumo. Então, quando eu falo de uma frente ampla, estou defendendo a construção de um projeto para a cidade, que essa frente possa oferecer uma nova oportunidade a Mossoró.”
Isolda ressaltou que numa frente ampla nem todos pensam iguais, ressaltando que existem divergências sobre várias questões, mas tem algo que une que é exatamente Mossoró. “A cidade não pode continuar governada por redes sociais. Ficamos tristes por tudo que Mossoró está passando, e questionamos: como a cidade poderia ser melhor, quantas possibilidades poderiam ser agarradas.”
A deputada não chegou a citar o nome de Rosalba Ciarlini, mas deixou claro que o diálogo está aberto com todos os grupos de oposição, inclusive, o rosalbismo. Isolda afirmou que a construção da frente não cabe projetos individuais, mas, sim, o interesse coletivo, que é justamente “tirar Mossoró do caos”.
“Estamos falando da segunda maior cidade do estado, com muitas possibilidades para se desenvolver, mas a gente vê uma gestão totalmente incapaz de conduzir esse processo. O cavalo está passando selado e o prefeito está apenas preocupado com o seu ego. Isso é tão triste, porque ele não debate sobre o que é melhor para a cidade, mas, sim, fica disputando gestos, pulinhos, punho fechado, e isso é muito pequeno para Mossoró”, comentou.
Isolda considera que Allyson Bezerra foi uma fraude eleitoral: “Ele dizia que era um líder sindical, mas persegue os servidores; prometeu que faria uma gestão preparando Mossoró para o futuro, mas não tem qualquer projeto nesse sentido; prometeu implantar o processo democrático nas escolas do município, mas não faz eleição direta para escolha de diretores e vice-diretores.”
“Tem mais: a cidade precisa de um hospital municipal para desafogar o Hospital Regional Tarcísio Maia e oferecer melhor assistência à população, mas o prefeito ignora. Por que ele não colocou a construção de um hospital na lista de obras desse empréstimo de 200 milhões de reais que fez junto à Caixa Econômica Federal? É inadmissível uma cidade como Mossoró não ter um hospital municipal. Ele é uma fraude, e Mossoró sofre com isso”, concluiu.
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