Governadora do Rio Grande do Note será a primeira a discursar na cerimônia para marcar um ano dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que será realizado nesta segunda-feira, 8, no Salão Negro do Congresso Nacional. Reprsentará todos governadores
Por César Santos – Jornal de Fato
A governadora Fátima Bezerra (PT), será a primeira a discursar na cerimônia para marcar um ano dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que será realizado na próxima segunda-feira, 8, no Salão Negro do Congresso Nacional. A chefe do Executivo do Rio Grande do Norte representará os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal.
Fátima Bezerra embarcará para Brasília neste domingo, 7. O seu discurso será centralizado na defesa da democracia, no respeito aos Poderes constituídos e, principalmente, na união de todos. A fala da governadora seguirá o roteiro pré-estabelecido pela organização do evento.
A cerimônia contará com os discursos dos chefes dos Três Poderes. Estão com falas previstas os presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Todos devem discursar por pelo menos cinco minutos ao longo do evento.
O jornalista Pedro Teixeira, da CNN, apurou que mais de 500 pessoas foram convidadas. A recepção dos convidados está marcada para as 14h e a celebração deve ter início às 15h.
Na mesa de honra da cerimônia também devem estar presentes a primeira-dama Janja da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e a governadora Fátima Bezerra.
A organização do evento convidou os 27 governadores, os prefeitos de capitais, parlamentares, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e presidentes e ministros de tribunais superiores. O presidente Lula cobrou a presença dos 38 ministros de estado.
“Ninguém está pedindo para vocês não viajarem, mas quero a presença de todos os ministros em 8 de janeiro. Depois vocês podem voltar para o descanso de vocês”, afirmou o presidente em uma reunião realizada em dezembro.
Na abertura do ato, haverá a execução do Hino Nacional pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhada de grupo musical.
Encerrando a solenidade, as autoridades da mesa de honra irão até a entrada do Salão Nobre do Senado Federal, para a entrega simbólica da tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988.
A obra de Burle Marx foi criada em 1973 e vandalizada durante a invasão do Congresso Nacional em 8 de janeiro. Após minucioso trabalho de restauração, a tapeçaria foi reintegrada ao patrimônio do Senado Federal.
Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada do STF, também no dia 8 de janeiro.
Brasília terá segurança com mais de 2 mil policiais militares
Mais de 2 mil policiais militares do Distrito Federal devem fazer o patrulhamento ostensivo em Brasília durante a cerimônia de 8 de janeiro. O número é quase quatro vezes superior ao do dia em que os vândalos atacaram as sedes dos três Poderes, quando foram empregados 580 PMs na Esplanada, segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas daquele dia.
A estratégia para a segurança da Esplanada foi pactuada nesta quinta-feira, 4, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que assinaram um protocolo de ações de segurança no Palácio do Buriti, sede do GDF, em Brasília.
O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou que até o momento não há nenhuma informação que gere preocupação maior. “Claro, isso é monitorado dia a dia e todas as providências estão sendo tomadas para que tenhamos um dia 8 de celebração democrática histórica no Brasil”, destacou.
Cappelli acrescentou que não há hipótese do 8 de janeiro de 2023 se repetir porque “a reação da sociedade e dos Poderes foi muito forte e essa reação estabeleceu um limite muito claro”.
O documento assinado pelos governos federal e do DF “define o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão, como efetivo policial e organização do trânsito, com foco no evento alusivo à data que ocorrerá no Senado”.
Além dos 2 mil agentes da Polícia Militar do DF que devem ser mobilizados, o plano de segurança prevê o emprego de 250 agentes da Força Nacional que ficarão de prontidão no Ministério da Justiça. A Esplanada ficará fechada no dia 8 na altura da Avenida José Sarney, que é a pista anterior à Alameda dos Estados, próxima ao Congresso Nacional.
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, destacou que, mesmo sem ameaça detectada, haverá agentes suficientes para qualquer situação. “Será um dia de tranquilidade, um dia de monitoramento e de tranquilidade realmente aqui no Distrito Federal”, ponderou.
O responsável pela segurança na Esplanada dos Ministérios na próxima segunda-feira será o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Alencar. “(O 8 de janeiro de 2023) não vai se repetir. Não vai se repetir em razão desse trabalho que temos feito de inteligência”, afirmou.
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