Por Gerson Camarotti / globonews
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu neste sábado (10) liberdade provisória para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Moraes manteve medidas cautelares, que são exigência que Valdemar deverá cumprir em liberdade.
Valdemar foi preso na quinta-feira (8), durante buscas e apreensões feitas por agentes da Polícia Federal na sede do PL. O político estava com uma arma, mas sem licença para usá-la, o que o levou à detenção.
Posteriormente, a PF encontrou uma pepita de ouro com Valdemar, e ele foi preso também por suspeita de usurpação mineral. Para esse flagrante, não há fiança.
Na sexta (9), Moraes havia convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva, que não tem prazo determinado para acabar.
Agora, em razão de parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), da idade de Valdemar -- 74 anos --, e do crime não ter sido cometido com violência ou grave ameaça, Moraes decidiu pela soltura.
A operação
A operação da PF teve como alvo de busca e apreensão também o ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF investiga um esquema, que, segundo a corporação, foi montado entre Bolsonaro, auxiliares próximos e alguns militares para tentar dar um golpe de Estado e evitar a saída dele do poder.
Foram expedidos quatro mandados de prisão: para três militares e para um ex-assessor de Bolsonaro.
A PF apreendeu uma gravação, com mais de uma hora, de uma reunião ministerial em julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro admite que deve perder as eleições -- que seriam disputadas em 3 meses -- e que era preciso tomar atitudes para evitar a derrota. Ele conclama os ministros a agirem e fala em "plano b".
Um de seus principais auxiliares, o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), propõe "virar a mesa" antes das eleições.
Tags: