Dentro da federação, formada por PT, PCdoB e PV, há um entendimento de que se deve apoiar um nome competitivo para enfrentar o prefeito e candidato à reeleição Allyson Bezerra. O nome é o da ex-prefeita, ex-governadora e ex-senadora Rosalba Ciarlini
Por César Santos – Jornal de Fato
A Federação Brasil da Esperança, em Mossoró, está ampliando a discursão sobre a formação de nominata à Câmara Municipal nas eleições deste ano. No domingo, 25, os três partidos que formam a federação reuniram dirigentes e pré-candidatos filiados ao PT, PCdoB e PV, quando encaminharam o processo de construção da chapa.
O debate sobre a disputa proporcional, que é a prioridade do momento, sugere que a federação admite abrir mão da pré-candidatura da deputada Isolda Dantas (PT) à Prefeitura de Mossoró em nome de uma frente ampla de oposição. Isolda, que liderou a reunião, já admitiu que o seu nome foi colocado pelo PT para dialogar com todos os outros partidos de oposição, e que uma candidatura à sucessão municipal é uma possibilidade, mas não uma certeza.
Dentro do próprio PT há um entendimento de que a federação partidária deve apoiar um nome competitivo para enfrentar o prefeito e candidato à reeleição Allyson Bezerra (União Brasil). Esse nome é o da ex-prefeita, ex-governadora e ex-senadora Rosalba Ciarlini (Progressistas). O PCdoB, que lançou a ideia de uma frente ampla de oposição, ainda em 2023, é a favor de Rosalba encabeçar a chapa de oposição.
A aproximação da ex-prefeita com os partidos que formam a federação Brasil da Esperança ficou clara há poucos dias, quando ela foi convidada pela governadora Fátima Bezerra (PT) para acompanhar a agenda do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em Mossoró. Rosalba circulou acompanhada de Fátima e da deputada Isolda.
Rosalba Ciarlini ainda não afirmou, de público, que disputará a Prefeitura de Mossoró nas eleições deste ano, mas se colocou à disposição para representar o projeto de oposição. “Meu nome está à disposição de todos aqueles que desejam um novo projeto para Mossoró”, disse, em entrevista ao jornalista Vonúvio Praxedes.
Outro ponto considerado importante, dentro da federação, é que a resistência que havia ao nome de Rosalba, principalmente dentro do PT, está sendo superada. O discurso, em defesa da união, defende o fortalecimento de uma chapa majoritária para concorrer à Prefeitura com possibilidade de vitória, e que só Rosalba tem esse poderio eleitoral.
Carreira
Rosalba Ciarlini foi prefeita quatro vezes de Mossoró, vencendo as eleições municipais de 1988, 1996, 2000 e 2016. Depois foi eleita a primeira mulher potiguar senadora da República, em 2006; e a segunda mulher a se eleger governadora do Rio Grande do Norte, em 2010.
Na última eleição que disputou, em 2020, perdeu para o atual prefeito Allyson Bezerra, por uma diferença de 4,56% dos votos.
Dois vereadores vão se filiar a partido da federação
Dois vereadores vão desembarcar na Federação Brasil da Esperança: Pablo Aires, do PSB, e Omar Nogueira, do Podemos. Ambos vão se filiar ao Partido Verde (PV), que forma a federação com PT e PCdoB. A mudança de partido ocorrerá dentro da “janela partidária”, que será aberta em março e se fechará em 5 de abril.
Pablo e Omar participaram da reunião da federação ocorrida no domingo, 25. Os dois foram bem recebidos pelos partidos. Dessa forma, a federação passará a contar com três mandatos na Câmara Municipal de Mossoró, uma vez que já conta com a vereadora Marleide Cunha (PT).
Os dirigentes do PT, PCdoB e PV concordaram que a distribuição do número de vagas na chapa proporcional, que terá um total de 22 candidatos e candidatas, se dará de forma igualitária, porém, admitindo que o PV poderá ter um número maior, uma vez que está reunindo quantidade considerável de pré-candidatos.
Já o PT tem pelo menos 12 nomes interessados na disputa à Câmara Municipal, entre eles, a vereadora Marleide Cunha, Plúvia (assessora de Isolda Dantas), Ana Flávia (assessora da deputada federal Natália Bonavides), radialista Ugmar Nogueira, professor Castelo, ex-jogador Miranda, professor Jadson Arnoud e Aurino Carlos. É possível que o PT participe da chapa proporcional com seis ou sete nomes.
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