Jornal de Fato
O presidente estadual do PL, senador Rogério Marinho, tem agenda confirmada em Mossoró no dia 23 deste mês. Ele será um dos palestrantes do 2º módulo da Jornada Mulheres que Lideram, devendo abordar o tema: “Construindo uma campanha vitoriosa”. O evento terá outros nomes, como o da Dra. Roberta Lacerda e do ex-prefeito de Olho d’Água do Borges, Brenno Queiroga, e devem reunir o bolsonarismo local e regional.
Essa data pode ser o “dia d” para o PL decidir sobre a sua posição político-eleitoral para a sucessão municipal 2024. Até lá, o partido aguardará uma posição definitiva do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) sobre a indicação do vice. Se o atual chefe do Executivo não se posicionar, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro caminhará para um palanque contrário ao prefeito.
Se depender da vontade de Rogério Marinho, o PL terá nome próprio à Prefeitura de Mossoró. Ele convidou o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, para ser o cabeça de chapa, que teria o vereador oposicionista Tony Fernandes como vice. Lawrence e Tony estão deixando o Solidariedade, mas, a princípio, com objetivos diferentes. Lawrence pretende continuar na base política de Allyson, porém, espera que o prefeito cumpra o compromisso para ele ser o candidato a vice. Já Tony trabalha para ocupar chapa majoritária pela oposição.
Na conversa preliminar de Lawrence com o PL, o presidente da Câmara não descartou aceitar o convite feito por Rogério Marinho, mas também não respondeu com “sim”. Ele admitiu uma candidatura pelo bolsonarismo, no entanto, colocou uma condição: só seria candidato a prefeito pelo PL se a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas) não fosse candidata.
No entendimento de Lawrence, duas candidaturas pela oposição dividiriam votos e, por consequência, beneficiaria o prefeito Allyson. Daí, Lawrence decidiu aguardar mais um pouco. A sua posição, no momento, será de não fechar portas, até porque não tem a certeza se o prefeito cumprirá a palavra de tê-lo como companheiro de chapa.
Prazo
Allyson Bezerra, por sua vez, não esconde a irritação com o senador Rogério Marinho. Em reunião com pré-candidatos a vereador, na terça-feira, 12, ele afirmou que vai mostrar ao PL que não depende do partido para conduzir o projeto de reeleição.
Allyson foi além. Ele está usando a estrutura para tirar pré-candidatos a vereador do PL, como forma de esvaziar a nominata bolsonarista. Seis pré-candidatos do PL abriram diálogo com o prefeito e receberam proposta. Se aceitar, eles serão distribuídos em partidos controlados por Allyson como o PSD, PSB e Solidariedade.
Com esse clima tenso, é pouco provável que Allyson e o PL consigam dividir o mesmo ambiente político. Esse cenário ficará mais claro na próxima visita de Rogério Marinho a Mossoró.
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