Sábado, 16 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 31 Out 2024 | redação Eleições 2024: esquerda vence no menor número de prefeituras em 20 anos

Crédito da foto: Reprodução Natália Bonavides, Fátima Bezerra e Lula no RN

Por Carlos Lins - Especial Congresso em Foco

Os partidos de esquerda, somados, elegeram o menor número de prefeitos nas eleições municipais de 2024 em comparação a todas as outras disputas nos últimos 20 anos. Juntos, PT, PSB, PDT, PC do B, PV, Rede e Psol ganharam o comando municipal de 749 cidades neste ano, número inferior ao registrado em todas as disputas eleitorais de 2004 a 2020.

O ápice da esquerda nas corridas por prefeituras foi em 2012, quando esses partidos, juntos, elegeram um total de 1.533 mandatários. Na época, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), estava em seu momento de maior popularidade – segundo o Datafolha, 62% dos brasileiros avaliavam o seu governo como bom ou ótimo no fim daquele ano. Foi o ano que consagrou Fernando Haddad (PT) como prefeito de São Paulo, enquanto o PT, sozinho, conquistava um total de 636 prefeituras no país.

A partir da eleição seguinte, os partidos de esquerda foram reduzindo os seus números. Em 2016, ano em que Dilma foi derrubada do cargo por conta de um processo de impeachment capitaneado pela direita, o número de eleitos petistas caiu a menos da metade. Em 2020, ano marcado pela pandemia da covid-19, foi a vez de PSB, PV e PCdoB verem seu número de prefeitos cair pela metade em comparação à eleição anterior.

O ano de 2024, assim, não registra apenas uma queda no número absoluto de prefeituras conquistadas, mas também uma mudança na composição desse rol de eleitos pela esquerda. O PT teve alguma recuperação – foi de 183 prefeitos eleitos de 2020 para 252 neste ano – mas não é mais o partido hegemônico. Fica atrás do PSB, que também aumentou seu número de comandos municipais nestas duas eleições: de 252 a 309.

As perdas dos outros partidos, no entanto, foi mais que suficiente para compensar os ganhos dos dois partidos. O PDT de Ciro Gomes caiu de 314 para 151 eleitos. PCdoB e PV, legendas que estão em federação com o PT, registraram queda novamente.
 

Câmara terá nove mudanças com eleição de deputados

Com a eleição de 11 deputados – entre titulares e suplentes – a Câmara dos Deputados sofrerá nove mudanças nas cadeiras, uma vez que os eleitos devem renunciar ao cargo, até o fim de 2024, para assumir as prefeituras dos municípios onde venceram.

A diferença entre o número de eleitos e de suplentes se dá porque dois vencedores do pleito municipal são suplentes que não estão em exercício.

No primeiro turno das eleições, venceram seis parlamentares. Quatro titulares: Alberto Mourão (MDB) eleito prefeito de Praia Grande (SP); Carmen Zanotto (Cidadania), de Lages (SC); Gerlen Diniz (PP), em Sena Madureira (AC); e o vice-líder do PT, Washington Quaquá, em Maricá (RJ). Dois suplentes em exercício também foram eleitos: Dr Benjamim (União Brasil), em Açailândia (MA), e Hélio Leite (União Brasil), em Castanhal (PA).

No segundo turno, os congressistas que venceram foram: Abílio Brunini (PL-MT), em Cuiabá; Paulinho Freire (União-RN), em Natal; Ricardo Silva (PSD-SP), em Ribeirão Preto; Naumi Amorim (PSD-CE), em Caucaia; e Márcio Correa (PL-GO), em Anápolis. Os últimos dois são suplentes que não estão mais em exercício.

Veja quem são os novos federais:

1 - Enrico Misasi (MDB-SP)

2 - Geovânia de Sá (PSDB-SC)

3 - Ivan Júnior (União Brasil-MA)

4 - José Adriano (PP-AC)

5 - Pastor Cláudio Mariano (União Brasil-PA)

6 - Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ)

7 - Rodrigo da Zaeli (PL-MT)

8 - Carla Dickson (União Brasil-RN)

9 - Ribamar Antonio da Silva (PSD-SP)

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