Quarta-Feira, 02 de abril de 2025

Postado às 14h45 | 01 Abr 2025 | redação Mães atípicas pressionam e bancada do prefeito Allyson adia votação de projeto polêmico

O texto, enviado pessoalmente pelo prefeito, prevê a contratação temporária de 800 profissionais sem qualificação específica para atuar no cuidado de alunos com deficiência ou Transtorno do Espectro Autista. O projeto seria votado hoje na Câmara

Crédito da foto: Reprodução Mães atípicas de Mossoró

Por Blog do Ismael Sousa

A robusta bancada do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), que conta com 15 vereadores, sofreu sua primeira derrota na Câmara Municipal. E a pressão não veio da oposição, mas sim de mães atípicas que conseguiram adiar a votação do Projeto de Lei 115. O texto, enviado pessoalmente pelo prefeito na semana passada, prevê a contratação temporária de 800 profissionais sem qualificação específica para atuar no cuidado de alunos com deficiência ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas da rede pública municipal.

A sessão desta terça-feira (1º) foi marcada por debates e mobilização das associações de mães atípicas, que protestaram contra a proposta. As manifestantes interromperam os trabalhos e exigiram diálogo com os vereadores, argumentando que a medida coloca em risco a qualidade do ensino e o direito à educação inclusiva.

“O PL proposto pelo prefeito está na contramão da garantia dos direitos das pessoas com deficiência e autistas, no que tange o acesso a uma educação que deve ser efetiva, de qualidade, inclusiva e participativa na promoção do aprendizado”, criticou Dávida Oliveira, presidente da Associação de Mães Atípicas de Mossoró.

Segundo as mães, a contratação de profissionais sem qualificação específica compromete o atendimento adequado às necessidades educacionais dos alunos com deficiência. Elas defendem que a Prefeitura deve investir na formação técnica dos profissionais que atuarão com essas crianças.

Após pressão, os vereadores decidiram adiar a votação do PL, dando espaço para novas discussões sobre a proposta. O adiamento é uma derrota para o governo municipal, que contava com a aprovação célere do projeto.

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