Domingo, 09 de março de 2025

Postado às 08h45 | 25 Jul 2017 | Opinião: operações e casos nebulosos 'engessam' a sucessão estadual 2018

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Blog do César Santos

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), precisa tomar um banho de sal grosso para afastar a onda negativa que o persegue nos tempos recentes, coincidentemente, desde que ele se dispôs a disputar o Governo do RN nas eleições do próximo ano. As operações policiais têm visitado a sua calçada através de parentes, amigos, correligionários e servidores de sua gestão.

É bem verdade que, até aqui, nada que desabone a sua conduta ética e de gestor transparente, porém a proximidade de casos nebulosos causa certo desconforto e a desconfiança dos ressabiados.

Dever ser dito, e é fato concreto, que o noticiário negativo envolvendo políticos do seu rol de convivência atinge o projeto político-eleitoral de 2018. Veja: a prisão do ex-ministro Henrique Alves (PMDB) é um exemplo disso.

Todos sabem que os Alves apostam na candidatura de Carlos Eduardo para retomar o poder estadual. Ele é o nome escolhido pelo próprio Henrique, seu primo, com o aval do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), outro primo. É impossível dissociar o parentesco; logo, a conta sobra para Carlos Eduardo.

Outro exemplo, bem indigesto, é a Operação Luz, detonada nesta segunda-feira, 24, pelo Ministério Público Estadual (MPRN), que desmantelou esquema criminoso na Secretaria de Serviços Urbanos da Prefeitura do Natal. As investigações alcançaram Raniére Barbosa, que era titular da pasta antes de se eleger vereador e homem de extrema confiança de Carlos Eduardo.

Até aqui, é verdade, as investigações não subiram as escadarias do Palácio Felipe Camarão – sede da Prefeitura –, porém é difícil separar o desvio de mais de R$ 22 milhões, descoberto pela Operação Luz, da gestão municipal. Aliás, a Semsur é um braço importante da Prefeitura, e sempre teve a atenção especial dos gestores. 

Pois bem...

A pauta política confundindo com a policial, neste momento, tem uma repercussão direta na sucessão estadual. Impossível não observar o cenário sem levar em consideração os casos de corrupção e os episódios suspeitos que envolvem parte dos pretensos candidatos em 2018 com ou sem mandato.

Há quem diga, inclusive, que pelo avanço das investigações e com a frequência das operações do Ministério Público, seja estadual ou federal, sobrarão poucos com a credibilidade para pedir o voto. Portanto, é impossível fazer qualquer projeção para a sucessão estadual que se aproxima.

O barulho silencioso e tilintar das pulseiras não permite crivar qualquer nome.

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