Por César Santos
A pergunta é: o rosalbismo tem musculatura para sustentar, com sucesso, quatro candidaturas nas eleições de 2018?
A saber: duas à Câmara dos Deputados: Beto Rosado (PP) à reeleição; Sandra Rosado (PSB) tentando o retorno; e duas à Assembleia Legislativa: Larissa Rosado (PSB) buscando a reeleição; e possivelmente Lorena Ciarlini (PP) tentando debutar no Palácio José Augusto.
Pela lógica: Beto/Lorena e Sandra/Larissa faziam as dobradinhas, com o amém da prefeita Rosalba Ciarlini (PP).
Certo? Claro que não.
É improvável o governismo municipal se arriscar de tal forma. Não há estrutura político-eleitoral que resista ao peso. Nunca um grupo acomodado no Palácio na Resistência - sede da Prefeitura de Mossoró - se largou a tal ousadia. No máximo, uma dobradinha. Foi assim com Betinho Rosado/Ruth Ciarlini (irmã de Rosalba e Betinho Rosado/Leonardo Nogueira (esposo da ex-prefeita Fafá Rosado), por exemplo.
Em 2018 seria Beto Rosado/Lorena.
Mas, como ficariam Sandra e Larissa Rosado, neoaliadas do rosalbismo? A primeira já avisou que deseja retomar a cadeira na Câmara dos Deputados e a segunda é candidata natural à reeleição. Logo, são concorrentes diretas de Beto/Lorena. Por consequência, sem espaço na estrutura político-eleitoral do rosalbismo.
A saída de Sandra/Larissa, então, seria a saída do governismo. Isso ocorrendo, os Rosados retomariam o protagonismo uno nas eleições de 2018, ocupando governo e oposição, como sempre ocorreu no passado. Teríamos Beto x Sandra e Lorena x Larissa. No passado recente a fórmula se repetiu seguidamente, com sucesso, reconheça-se, com Sandra x Betinho e Larissa x Ruth Ciarlini e/ou Leonardo.
Verdade ou não, conjectura ou não, o fato é que o rosadismo, grupo liderado por Sandra, se divorciou, por um momento, do Palácio da Resistência para se apresentar ao lado do governador Robinson Faria (PSD), nesta quarta-feira, 4 (FOTO). Por consequência, alimentou especulação de que ela pode oferecer o palanque a Robinson em Mossoró, em troca de apoio e estrutura para a sua candidatura e a da filha Larissa.
A boa convivência política que o rosadismo sempre teve com Robinson Faria é outro indicativo.
Levado a termo, o rompimento com o Palácio ocorreria por gravidade, e as duas alas Rosado voltariam às origens, como adversários. Estaria refeito o que se convencionou ao longo do tempo: dividir para somar.
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