Segunda-Feira, 24 de fevereiro de 2025

Postado às 11h15 | 31 Out 2018 | Redação Uma eleição puxa outra. Leia a análise das urnas do jornalista César Santos

Crédito da foto: Reprodução Deputada eleita Isolda Dantas terá apoio de Fátima Bezerra para disputar prefeitura

Por César Santos

Ainda é cedo para fazer conjectura sobre as eleições de 2020 em Mossoró. No entanto, é possível criar um cenário, de momento, que poderá ser – ou não – confirmado mais à frente. Vale ressaltar, por via de regra, que uma eleição puxa outra sem, contudo, antecipar o que será construído sob a forma político-eleitoral nos dois anos que separam o eleitor das urnas municipais.

Do resultado do pleito de 2018, fato concreto, é possível extrair três pontos importantes:

1 – O PT foi o maior vencedor em Mossoró. Elegeu a vereadora Isolda Dantas à Assembleia Legislativa e deu votação expressiva à governadora eleita Fátima Bezerra, que ganhou os dois turnos na cidade, superando a chapa que tinha o filho da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), o jovem publicitário Kadu, como candidato a vice-governador.

O PT saiu grande. Logo, não abrirá mão de disputar a Prefeitura de Mossoró. Sabe que não será apenas coadjuvante, como aconteceu em todas as vezes em que teve candidatura própria. O partido ganhou musculatura e consolidou Isolda como a nova bandeira do PT mossoroense.

O partido passa a ser o condutor da oposição ao governo municipal, podendo atrair, para somar, o Solidariedade, que também saiu fortalecido das urnas com a eleição de Alysson Bezerra, uma novidade que emergiu de segmentos sociais. Soma-se aí a força do Governo Estadual, que será ocupado pelo PT a partir de 2018.

2 – O segmento empresarial que ensaiou entrar para a política com Tião da Prest (PR) e Jorge do Rosário (PR) foi mandado de volta para o seu lugar. Os eleitores disseram “não”. Tião, vice na chapa do governador Robinson Faria, recebeu menos de 9 mil votos em Mossoró, enquanto Jorge, apesar dos 12.017 votos na cidade, foi apenas o 29º colocado na disputa para deputado estadual.

A derrota de Tião/Jorge tira da dupla o comando da oposição municipal, que passa para as mãos do PT. Eles teriam que construir uma terceira via, algo improvável nesse momento.

3 – O grupo da prefeita Rosalba Ciarlini foi o maior derrotado nas eleições de 2018. Perdeu com os deputados Beto (PP) e Larissa Rosado (PSDB) e não conseguiu eleger Kadu vice-governador. No entanto, o rosalbismo tem ponto definido, que é o governo, e que a partir dele tentará se recuperar para chegar inteiro em 2020.

Pois bem.

Baseado nesses três pontos e trazendo para hoje a sucessão municipal de 2020, diria que o pleito seria disputado pela prefeita Rosalba e pela deputada Isolda.

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