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Postado às 15h15 | 12 Fev 2019 | Redação Líder do PC do B prevê reeleição de Rosalba Ciarlini caso a oposição não se junte

Crédito da foto: Reprodução Gutemberg Dias e Rayane Andrade formaram uma das chapas de oposição em 2016

Por César Santos/JORNAL DE FATO

O geólogo, professor universitário, empresário e político Gutemberg Dias (PC do B) antecipou análise fria e direta sobre a sucessão municipal de Mossoró em 2020: a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) será reeleita se as oposições não se unirem em torno de um só candidato.

“É imprescindível que a oposição faça um alinhamento em Mossoró. Se nomes quiserem apenas disputar para marcar terreno, contribuirão muito fortemente para que a atual gestão seja renovada por mais quatro anos”, escreveu em conta nas redes sociais.

No post seguinte, reconheceu: “Vendo o cenário político com vistas às eleições de 2020 a cada dia fica claro que a oposição ao governo Rosalba, da qual faço parte, terá vários candidatos a prefeito e isso viabilizará a sua reeleição.”

Gutemberg Dias, que foi candidato a prefeito em 2016, e surpreendeu com a maior votação de um candidato de esquerda na história das eleições à Prefeitura de Mossoró (8,45% dos votos válidos), tem razão na análise, embora prematura. O entendimento é simples, levando em conta a frieza do cenário.

1 – Como Mossoró não tem segundo turno, a prefeita levaria vantagem se vários candidatos dividirem o universo de votos da oposição.

2 – A oposição marchando dividida, não construirá um discurso uniforme capaz de enfraquecer o projeto de reeleição de Rosalba.

O cenário pintado por Gutemberg leva em conta o resultado do pleito de 2018: o PT saiu fortalecido com a eleição da deputada Isolda Dantas; e o Solidariedade ganhou força com a eleição do deputado estadual Alysson Bezerra, o segundo mais votado na cidade, e a boa performance do suplente de deputado federal Lawrence Amorim, o terceiro mais votado em Mossoró com 10.153 votos. Os dois partidos já disseram que terão candidatura própria.

O PT não aceitará apoiar um nome do Solidariedade e muito dificilmente o Solidariedade abrirá para o PT. Os dois partidos são adversários no plano estadual. Foi o Solidariedade, inclusive, quem patrocinou a primeira demanda jurídica com o governo do PT, ao questionar o saldo de caixa do Estado em detrimento dos salários atrasados dos servidores. A peça foi assinada pelos deputados Kelps Lima (presidente do partido), Alysson Bezerra e Cristiane Dantas. O governo Fátima Bezerra (PT) reagiu e, através do seu líder na Assembleia Legislativa, fez duras críticas ao Solidariedade. Parece claro que esses dois partidos vão bater de frente no plano estadual e local.

Além do mais, a direção estadual do Solidariedade já disse que não abrirá mão de candidaturas próprias nos maiores colégios eleitorais, como Natal, Mossoró e Caicó, por exemplo.

Gutemberg Dias está certo na análise em forma de alerta, porém, é pouco provável que seja ouvido pelos companheiros de oposição. A maioria não teme morrer abraçada.

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