Postado às 18h15 | 03 Jun 2020 | Redação
Styvenson cobra explicações sobre compra de respiradores que não foram entregues
Em pronunciamento nesta quarta-feira (3), o senador Styvenson Valentim cobrou resposta do Consórcio Nordeste pela compra de respiradores que não forem entregues nem o dinheiro devolvido. A governadora Fátima Bezerra pagou R$ 5 milhões antecipadamente
Crédito da foto: Senado
Senado Styvenson Valentim
Em pronunciamento nesta quarta-feira (3), o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) cobrou do presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa, governador da Bahia, respostas a um ofício com questionamentos sobre a compra de 300 respiradores hospitalares por R$ 48,7 milhões que até hoje não foram entregues à população dos estados que compõem a entidade, nem o dinheiro foi devolvido.
A governadora Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, pagou antecipadamente R$ 5 milhões por 30 aparelhos.
No documento, Styvenson e os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL) querem saber por qual motivo os aparelhos ainda não chegaram ao seu destino, se o dinheiro público usado na compra será devolvido, se ainda há tempo hábil para aquisição de novos respiradores e por que uma empresa especializada em medicamentos e produtos a base de cannabis, a Hempcare, foi escolhida para intermediar a negociação.
A compra dos respiradores, rememorou o senador, ocorreu no início da pandemia, e o pagamento pelo produto fora feito antecipadamente. O fato, de acordo com o senador, gerou, inclusive, à deflagração de uma operação policial para apurar eventuais irregularidades.
Na opinião de Styvenson, esse caso se soma a outros que comprovam que a saúde da população nunca foi prioridade no Brasil e que a corrupção continua provocando sofrimento e morte.
"O mesmo ofício foi endereçado ao ministro da Justiça, para que ele acompanhe, para que ele fiscalize, para que ele fique atento e para que criminosos sejam presos e punidos. Porque não dá para a gente conceber, não dá para a gente imaginar, não dá mais para suportar, numa sociedade que vive hoje com tanta tecnologia e informação, alguém querer fazer algo contra o povo", disse o senador Styvenson.