Quinta-Feira, 06 de fevereiro de 2025

Postado às 10h00 | 17 Jul 2020 | Redação Governadora escala Mineiro para viabilizar votação da previdência

Crédito da foto: Arquivo Fernando Mineiro foi escalado pela governadora Fátima para conquistar mais dois votos

BLOG DO CÉSAR SANTOS

A governadora Fátima Bezerra (PT) escalou o seu secretário de Projetos de Governo, Fernando Mineiro (PT), para articular a votação e aprovação da reforma da previdência na Assembleia Legislativa.

Ex-deputado estadual, Mineiro conhece os caminhos e corredores do Palácio José Augusto. Tem habilidade, segundo imagina a governadora, o que faltaria ao líder do governo na AL, deputado George Soares (PL).

O governo precisa de dois votos para passar com a reforma em tempo de pandemia do novo coronavírus. Hoje são 13 votos governistas, dos 15 necessários.

O problema é que a oposição criou e fortalecer o “grupo dos 11”, formado por deputados que só aceitam votar a reforma da previdência no retorno das atividades presenciais e de amplo debate com as diversas categorias de servidores públicos.

A missão de Mineiro é “quebrar” o elo do “grupo dos 11” e convencer dois deputados a mudar de lado. Quem seriam os parlamentares, digamos, mais acessíveis ao governo?

Comenta-se que Sandro Pimentel, do Psol, seria um deles. Pimentel, porém, tem dito que não abre mão de sua posição de só votar a reforma da previdência em sessão presenciais e com a participação dos sindicatos de servidores.

Pré-candidato a prefeito de Natal, Pimentel não arriscaria o seu discurso, nem aceitaria o rótulo de “traidor”. No entanto, o governo entende que o líder do Psol no Estado tem uma atuação próxima do Poder.

O outro nome é mantido em segredo, mas o leitor pode observar a lista do “grupo dos 11” e analisar o comportamento de cada um deles: Kelps Limes (SDD), Alysson Bezerra (SDD), Cristiana Dantas (SDD), José Dias (PSDB), Gustavo Carvalho (PSDB), Tomba Faria (PSDB), Nélter Queiroz (MDB), Getúlio Rêgo (DEM), Coronel Azevedo (PSC), Galeno Torquato (PSD) e Sandro Pimentel (Psol).

A pressão de Fátima Bezerra sobre os deputados é para que a PEC da reforma da previdência seja aprovada ainda em julho, em sessão remota, sem debate e sem a presença dos servidores públicos. A governadora entende que se transferir a votação para retorno das atividades presenciais, os parlamentares sofrerão forte pressão dos servidores para mudar o texto original, principalmente nos trechos que aumentam a alíquota de contribuição e atinge os que mais ganham menos.

Até aqui, o governo não tem conseguido “furar o bloqueio” e por duas sessões seguidas, os deputados governistas esvaziaram o plenário virtual para não deixar a matéria ir a votação, já que não tinha, como ainda não tem, os 15 votos para aprovar a nova previdência estadual.

Pois bem.

Fernando Mineiro está trabalhando para conquistar os dois votos que o governo precisa, tendo em mãos os argumentos disponibilizados pela governadora Fátima. E a ordem é não poupar.

Para votar a reforma da previdência na escuridão da pandemia, o governo tem o apoio dos deputados Francisco do PT, Isolda Dantas (PT), George Soares (PL), Souza (PSB), Hermano Morais (PSB), Eudiane Macedo (Republicanos), Ubaldo Fernandes (PL), Kleber Rodrigues (PL), Dr. Bernardo Amorim (Avante), Vivaldo Costa (PSD), Albert Dickson (Pros), Raimundo Fernandes (PSDB) e Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB).

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