Por Maricelio Almeida - Repórter do JORNAL DE FATO
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou na edição da última terça-feira, 27, do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria Nº 277 que revalida o reconhecimento da Área Livre da Praga da mosca-das-frutas no Estado do Rio Grande do Norte, com a manutenção dos municípios que já integravam e inclusão de novos municípios potiguares.
A medida atende a um pleito do deputado federal Beto Rosado (Progressistas), que esteve no dia 25 de fevereiro em Brasília com o prefeito de Caraúbas, Juninho Alves (PSDB), oportunidade em que se reuniram com o diretor de Sanidade Vegetal, Carlos Goulart. Na ocasião, o parlamentar e o prefeito levaram essa demanda de diversos produtores do Estado para a ampliação dos municípios que integravam a área livre da praga mosca-das-frutas (anastrephagrandis).
Com a portaria publicada, a área passa a compreender os municípios de Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Baraúna, Assú, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Porto do Mangue, Upanema, Apodi, Gov. Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Macau, Pendências, Jandaíra e Pedro Avelino.
Para o deputado Beto, essa medida atende o anseio dos produtores potiguares e vai permitir a mais municípios exportarem frutas para o mercado internacional, principalmente, para a China.“Estou muito feliz com mais essa vitória para o produtor rural e o RN ganha muito com isso, porque abre a possibilidade de geração de novos empregos e a vinda de novas empresas para gerar ainda mais riqueza no nosso Estado”, destacou Beto Rosado, acrescentando ainda:
“A fruticultura e? uma bandeira do nosso mandato e que defendemos incansavelmente, pois sabemos da sua importância para a economia e para a vida de milhares de famílias potiguares. Vamos em frente e firmes na luta por benefícios para o povo potiguar”.
Antes do pleito do deputado Beto Rosado, a Área Livre da Praga Mosca-das-frutas (Anastrephagrandis) no Rio Grande do Norte era formada pelos municípios de Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Baraúna, Assú, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Porto do Mangue e Upanema, somando uma área de 8.409 km².
A partir de agora, a área livre da praga inclui também de Apodi, Governador Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Macau, Pendências, Jandaíra e Pedro Avelino, e passa agora a ter 15.077 km², praticamente dobrando a área produtiva e apta à exportação.
"Essa conquista é muito importante para o produtor potiguar e todo o setor, pois assim teremos mais municípios aptos a produzir para o mercado de exportação, atendendo assim às exigências dos países importadores que caracterizam a espécie Anastrepha Gandis como praga quarentenária, impondo assim restrições fitossanitárias às importações de frutos de melão, melancia, abóbora e pepino”, pontuou o diretor-geral do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (IDIARN), Mário Manso.
O Idiarn é o responsável por garantir as ações de monitoramento dentro da área livre. Essas ações servem para garantir a certificação fitossanitária de origem nas áreas de plantio, assegurando a ausência da praga mosca-das-frutas dentro da área autorizada para exportação, além de também garantir a realização dos acordos internacionais de exportação de frutos frescos de melão e melancia, assegurando os mercados conquistados pela fruticultura do Estado.
Em virtude de atender às normas internacionais, em setembro do ano passado, o Rio Grande do Norte exportou sua primeira carga de melão para a China. No total, foram três toneladas do melão pele de sapo, produzido em Mossoró, um dos municípios da área livre da mosca-das-frutas.
“O projeto é de extrema importância para a economia do Rio Grande do Norte, visando a consolidação do mercado chinês para a exportação do melão potiguar, além de incentivar novos ciclos de geração de emprego no Estado”, afirmou Mário Manso.
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