Por César Santos / JORNAL DE FATO
A pesquisa Seta/Band Natal chama a atenção para o recorte da intenção de votos para o Senado da República, porque coloca a ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (Progressistas), em posição considerável, mesmo ela não tendo dado qualquer declaração sobre candidatura e/ou ter iniciado caminhada com vista às eleições 2022.
Segundo a pesquisa, Rosalba Ciarlini está na terceira colocação, com 8,8%, dividindo a mesma faixa com o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, que aparece com o mesmo índice de intenção de votos.
Ambos atrás do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), e do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), que tem 14,6% e 14,1%, respectivamente.
Completam a lista o atual senador Jean Paul Prates (PT), com 7,3%, e o empresário Haroldo Azevedo (sem partido), com 3%.
Certamente, a pesquisa despertará Rosalba para o sonho, nunca negado por ela, de retornar ao Senado da República, onde cumpriu mandato entre os anos de 2007 a 2010. Rosalba entrou para a história como a primeira mulher eleita senadora do Rio Grande do Norte, derrotando o então senador Fernando Bezerra, em 2006.
No Senado, cumpriu mandato notável. Rosalba foi presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), uma das mais importantes da Casa. Foi relatora de projetos como o da transposição do rio São Francisco; da regulamentação das profissões de mototaxista e motoboy e do piso salarial dos agentes comunitários de saúde. Também foi autora das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que aumenta a Licença-maternidade para seis meses e da convocação imediata dos aprovados em concurso público e do projeto que cria a primeira Zona de Processamento e Exportação do Semiárido, a ZPE do Sertão, autorizada na época pela Presidência da República.
Outro destaque foi a apresentação do Projeto de Lei do Senado nº 14, de 2010, que pretendia alterar a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que previa tipo penal para a autoridade policial que não adotasse as medidas legais cabíveis para a proteção de mulher em situação de violência doméstica, se da omissão resultar lesão corporal ou morte.
Das onze comissões técnicas do Senado, Rosalba foi membro de oito, entre elas, a Comissão de Educação; Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo; Relações Exteriores, Comissão de Assuntos Econômicos e Infraestrutura.
Em 2010, seu último ano de Senado, de onde saiu para se tornar a segunda mulher governadora do RN, Rosalba foi eleita pelos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional como um dos cinco parlamentares que mais trabalharam pela saúde pública naquele ano, e a PEC da Licença-maternidade, de sua autoria, também foi escolhida como o mais importante projeto de iniciativa do Congresso.
O histórico de Rosalba no Senado, por si só, a credencia ser candidata em 2022, porém, as coisas não são simples assim. A ex-prefeita de Mossoró precisa se refazer da derrota nas urnas em 2020, quando perdeu a eleição para o atual prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), e reorganizar a sua base de apoio político-eleitoral. Mossoró, o segundo maior colégio eleitoral do estado, espera por uma decisão de Rosalba.
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