Carlos Eduardo no stúdio da Rádio Rural de Mossoró
Por César Santos / JORNAL DE FATO
O presidente estadual do PDT, ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, disse nesta quinta-feira, 2, que vai renovar o partido em Mossoró. Atualmente, a sigla é presidida pelo publicitário Kadu Ciarlini, filho da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas), mas não tem qualquer atividade ou funcionalidade. O PDT inexiste na cidade.
Kadu assumiu a presidência na comissão provisória do PDT após as eleições 2018, quando ele, ainda filiado ao Progressistas, foi candidato a vice-governador na chapa encabeça por Carlos Eduardo. A aliança saiu derrotada das urnas e não conseguiu sobreviver pós-eleição. Por consequência, o PDT desapareceu, inclusive, nas eleições municipais de 2020, o partido sequer teve um candidato a vereador.
Carlos Eduardo quer mudar essa realidade e promete dar uma “cara nova” à sigla brizolista. Ele ainda não sabe por onde começar ou a quem entregar a missão de estruturar o PDT de Mossoró, mas acredita ser possível encontrar nomes novos, fora dos grupos tradicionais. E quem assumir a sigla a primeira missão será transformar a comissão provisória em diretório municipal.
A reestruturação do PDT no segundo maior colégio eleitoral é importante para o projeto político-eleitoral de 2022. Carlos será candidato nas próximas eleições, segundo ele, a governador ou a senador. O pedetista precisará fortalecer o projeto além Natal, a sua principal base eleitoral, e esse processo deve começar por Mossoró.
Carlos visitou a cidade nesta quinta-feira, 2. Manteve contatos políticos, concedeu entrevista e gravou vídeo no adro da Catedral de Santa Luzia para distribuir nas redes sociais. Fez o mesmo nas cidades de Martins, região serrana, e Apodi, no Médio Oeste potiguar. A estratégia do ex-prefeito de Natal é promover um contato direto com a população para consolidar o seu projeto eleitoral. O passo seguinte será a abertura de diálogo para construção de alianças.
Fracasso
O sucesso eleitoral de Carlos Eduardo em Natal, onde foi eleito prefeito nas eleições 2004, 2012 e 2016, não se repete no resto do Rio Grande do Norte. Ele fracassou nas duas tentativas de se eleger governador, exatamente por não ter estrutura partidária e base política no interior do Estado.
Ele foi candidato a governador pela primeira vez nas eleições de 2010, ficando na terceira colocação com 10,37% dos votos, atrás do segundo colocado, então governador Iberê Ferreira de Souza (falecido), que obteve 36,25%, e da vitoriosa Rosalba Ciarlini, eleita no primeiro turno com 52,46% dos votos.
Em 2018, Carlos renunciou a Prefeitura de Natal para ser candidato a governador pela segunda vez. Era visto como favorito, o que não foi comprovado nas urnas. Com 42,40% dos votos, ele foi derrotado no segundo turno pela atual governadora Fátima Bezerra (PT), que recebeu 57,60% dos votos.
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