O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou, em 2021, uma pesquisa inédita sobre “Furtos e Roubos” e “Sensação de Segurança” no Brasil. A pesquisa, que faz parte de um módulo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), foi realizada em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No Rio Grande do Norte, cerca de 56 mil potiguares tiveram algum bem roubado mediante grave ameaça ou violência em 2021. Em números percentuais, cerca de 1,97% da população com mais de 15 anos do estado potiguar foi vítima de algum roubo ao longo do ano passado.
Além disso, a pesquisa ainda mostra que cerca de 40 mil domicílios potiguares tiveram pelo menos um morador vítima de roubo em 2021, o que equivale a 3,42% dos domicílios particulares de todo o Rio Grande do Norte. Em relação aos furtos, esse número é de 39 mil domicílios nos quais pelo menos um morador foi vítima deste tipo de crime.
Diferente do roubo, o furto é descrito como subtração, ou seja, diminuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência.
Medidas de segurança
A pesquisa divulgada pelo IBGE também levantou dados sobre os domicílios potiguares que tinham alguma medida de segurança para tentar coibir furtos e roubos. De acordo com a PNAD, 64% dos domicílios pesquisados no Rio Grande do Norte tinham, pelo menos, uma medida de segurança adotada.
Entre os mais citados, estão: trava, tranca, fechadura ou grade (40,6%), muro ou grades altos, cacos de vidro ou arame farpado (32,3%), cachorro ou outro animal para proteger o domicílio (23,8%), cerca elétrica (12,9%), alarme ou câmera de vídeo (11%), funcionário contratado para vigilância (10,2%), arma de fogo (1,7%).
Vítimas de violência no Brasil têm receio de procurar a polícia
Os dados da PNAD mostram ainda que a maioria dos furtos e roubos ocorridos no Brasil não chegam ao conhecimento das autoridades. Das vítimas de furtos ocorridos em logradouros públicos, por exemplo, 55,2% delas não formalizaram qualquer denúncia na polícia. Além disso, os 44,8% restantes relataram ter procurado a polícia, mas, desse percentual, 11,2% desistiram de abrir um Boletim de Ocorrência na delegacia.
Nos casos de roubo, o percentual de vítimas que foram assaltadas na rua e não procuraram a polícia é ainda maior: 57,9%. Nos assaltos ocorridos dentro de casa, apenas 42,9% formalizaram a denúncia na delegacia.
O IBGE também perguntou as razões que levaram as vítimas a não procurarem a polícia para a abertura do Boletim de Ocorrência. Entre as mais citadas, estão: não acreditavam na polícia (26,9%), recorreram a terceiros ou resolveram sozinhos (24,3%), a falta de provas (15,2%) e o medo de represália (12,8%).
Os homens (75,8%) se sentem mais seguros que as mulheres (66,8%). Além disso, a sensação de segurança informado pelas pessoas que moravam em áreas rurais superava o das áreas urbanas, chegando a uma diferença de 14 pontos percentuais.
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