Cursos beneficiam pessoas privadas de liberdade no RN
A parceria entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) e a entidade sem fins lucrativos Instituto Mundo Melhor (IMM), através do projeto “AJUFE por um mundo melhor”, já realizou 4.225 cursos para privados de liberdade do Rio Grande do norte, na modalidade Ensino à Distância (EAD). Na quinta-feira(17), no Complexo Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, foi realizada uma cerimônia para a entrega de 2.423 novos certificados.
A plataforma utilizada pelo Instituto Mundo Melhor oferece mais de 150 cursos nas áreas de educação, saúde e bem-estar, informática, línguas, administração e empreendedorismo, e governança doméstica. Os cursos têm certificado emitido pela Faculdade Unopar de Ponta Grossa, no Paraná, oportunizando aos egressos a inserção no mercado de trabalho através de qualificação rápida e de qualidade.
A cerimônia contou com a presença do secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi; a secretária adjunta da SEAP, Arméli Brennand; o coordenador do projeto “Ajufe por um mundo melhor”, juiz federal do Rio Grande do Sul, Rafael Wolf; o juiz da 2ª Vara da Justiça Federal do RN, corregedor do Presídio Federal de Mossoró e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Walter Nunes; a juíza da Vara de Execuções Penais de Mossoró, Cinthia Cibele; além de outras autoridades da sociedade civil, SEAP e Poder Judiciário.
O projeto está presente no Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio Feminino e Masculino; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz; Cadeia Pública de Caraúbas; Cadeia Pública de Ceará-Mirim; Centro de Detenção Provisório de Apodi; e Complexo Penal Regional Pau dos Ferros. Neste novo ciclo de estudos, foram entregues certificados nos cursos de "Noções Básicas de Mecânica Automotiva”, “Digital: A Incrível Evolução das Vendas” e “Atitude de Empreendedora”. Desta vez, a maioria dos certificados foi obtido por mulheres privadas de liberdade, com destaque para a unidade prisional de Mossoró.
O juiz Rafael Wolf explicou que o projeto prevê que os equipamentos e as aulas possam ser custeados por contas de prestação pecuniária. Os cursos, sem fins lucrativos, visam fomentar a ressocialização dos internos e reduzir a reincidência criminal através de um retorno social produtivo. Existe ainda a possibilidade dos cursos concluídos serem utilizados na remição de pena, de acordo com o critério da Vara de Execuções Penais.
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