Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Postado às 10h45 | 18 Jul 2023 | redação Prints de conversar entre servidora da ALRN e ex-diretor acusado de assédio

Crédito da foto: Reprodução Imagens mostram troca de mensagens entre ex-diretor e servidora

Por Tribuna do Norte

A denúncia de suposto assédio sexual por parte do ex-diretor da Escola da Assembleia Legislativa contra uma servidora pública está com diversos prints de conversas entre ambos via WhatsApp. Nas mensagens, é João Maria de Lima chega a falar que ficou "excitado" e "molhado" após 'carinho' o pescoço da servidora. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público está ciente da acusação. 

Nas mensagens, que fazem parte da investigação, a servidora pergunta qual o tipo de roupa que deveria vestir para um evento em que iria acompanhada pelo então diretor da Escola. "Por mim, iria de biquini", disse. Em outra, o professor disse que iria viajar e questionou se não daria "um cheiro e um abraço" antes da viagem.
 
Também em prints de conversas entre os dois, a servidora encaminha uma foto falando sobre um problema de saúde que está na boca. "Posso nem beijar", disse na mensagem atribuída a João Maria Lima.
 
O boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil na segunda-feira (17). No mesmo dia, após a denúncia, João Maria Lima foi exonerado. Ele nega que tenha cometido assédio contra a servidora.
 
O caso
 
De acordo com o relato da servidora, o diretor da Escola costumava "cheirar" seu pescoço, falar palavras inapropriadas e insistir em um relacionamento amoroso, detalhando também através de aplicativo de mensagens que estaria excitado. Ela relatou, inclusive, que o diretor já havia a empurrado contra a parede diversas vezes, pressionando a vítima e tentando beijá-la.

Em um caso específico que está no boletim de ocorrência, a servidora diz que, durante uma confraternização em setembro do ano passado, o diretor pediu que outra servidora fizesse uma foto por baixo do vestido da vítima. O próprio João Maria Lima, ainda de acordo com a denúncia, teria repassado o vídeo à vítima fazendo elogios às roupas íntimas da servidora.

Ainda na denúncia, a servidora relatou que, em 27 de fevereiro deste ano, sob o pretexto de almoçar para tratar sobre outras questões, o agora ex-diretor da Escola teria levado a vítima para um motel, contra sua vontade. Lá, teria tirado a camisa e tentando agarrar a servidora.

No boletim de ocorrência, a servidora afirmou que os assédios perduraram até março deste ano, quando, então, o diretor passou a difamar a subordinada, supostamente afirmando que ela não estaria mais trabalhando porque ambos mantinham um caso amoroso.

A servidora decidiu procurar o Ministério Público e também a Polícia Civil, juntando prints de diversas conversas de WhatsApp e também citando testemunhas no caso.

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