Após seis anos, começa nesta segunda-feira (2) o julgamento do Caso Zaira, uma jovem universitária que foi morta em 2019 durante o carnval de Caicó, Seridó do RN. A previsão é de que o júrio popular se estenda até a sexta-feira (6), e 22 depoimentos devem ser ouvidos.
O processo conta com 7 mil páginas e, inicialmente, tramitou na 3ª Vara da Comarca de Caicó, mas a defesa do réu solicitou a transferência do julgamento para a Natal, alegando dúvidas sobre a imparcialidade do júri na região do Seridó, devido à repercussão do caso.
A sessão do Tribunal do Júri acontece no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal, e será restrita a familiares da vítima e do réu, o policial militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estuprar e matar a jovem.
A restrição de presença na sessão, que comumente é pública, se deve ao caráter sigiloso do processo. De acordo com o Tribunal de Justiça do RN (TJRN), a iniciativa tem por finalidade evitar aglomerações no momento da sessão de julgamento que possam, de algum modo, colocar em risco a segurança dos presentes e o desenvolvimento dos trabalhos.
“Por se tratar de um processo que tramita em segredo de justiça, e para preservar a dignidade da vítima e demais dados sensíveis sobre o caso, o acesso ao julgamento está limitado a familiares da vítima, Zaira Dantas Silveira Cruz, e do réu, Pedro Inácio Araújo”, diz trecho do comunicado emitido pelo TJRN.
Além do réu, servidores, e depoentes, a justiça autorizou a participação de seis pessoas. Estarão presentes na sessão de julgamento a mãe, o pai, a irmã da vítima, uma psicóloga do Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Letal e Intencional do Ministério Público do RN, a mãe do réu e um acompanhante.
Considerando o sigilo de justiça, a 2ª Vara Criminal de Natal proibiu também o acesso de profissionais de imprensa, inclusive os da Secretaria de Comunicação Social do próprio TJRN, ao Salão do Júri durante a sessão de julgamento.
Fonte: NOVO
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