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Postado às 11h15 | 18 Dez 2018 | Redação Com salários atrasados, Polícia Militar ameaça não sair às ruas neste final de ano

Crédito da foto: Arquivo Aquartelamento no fim de 2017 causou enormes problemas ao Rio Grande do Norte

O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região, Tony Fernandes, informou, em entrevista concedida ao jornalista Saulo Vale, que existe a possibilidade de ocorrer o movimento “Segurança com Segurança”, o mesmo que ocorreu no final do ano passado e início de 2018.

Ele se refere ao movimento de aquartelamento da categoria, que ocorreu no final de 2017 e durou 23 dias, quando a PM deixou de ir às ruas. “Além da falta de pagamento do décimo terceiro, ainda temos péssimas condições de trabalho”, critica.

As associações da PM se reúnem nesta terça-feira (18) em Natal para decidir se aderem à mobilização de aquartelamento. A principal queixa é a falta de pagamento do 13° salário de 2018 e do mês de dezembro, além do 13° salário de 2017, que não foi pago para quem recebe acima de R$ 5 mil.

“Para agravar a situação, o Tribunal de Justiça entendeu que [o Governo] não poderia antecipar os recursos dos royalties do petróleo. A gente vê que enquanto há instituições muito bem, com décimo em dia, diárias em dia e condições de trabalho, ainda com licenças-prêmio e férias pagas, os servidores do Executivo vivem sem ter o mínimo”, critica.

 

CONCURSO

O processo do concurso para provimento de vagas para agentes da Polícia Militar do Rio Grande do Norte deve avançar nesta quarta-feira, 19, quando está previsto para ser divulgado o resultado final da redação do certame. Diante disso, a comissão de coordenação geral do concurso orienta que os candidatos que atingirem a nota de corte adiantem os exames físicos solicitados no edital.

Essa solicitação ajudará a comissão a confeccionar e divulgar os resultados dos respectivos exames. De acordo com o tenente-coronel PM Antônio Pessoa de Souza Júnior, membro da comissão no âmbito da Polícia Militar e da Secretaria de Administração e Recursos Humanos, o resultado final das redações deverá ser divulgado em 19 de dezembro, e os exames de saúde iniciarão na data provável de 21 de janeiro de 2019.

Com o provável prazo, os candidatos terão aproximadamente 20 dias úteis para a confecção dos exames laboratoriais e respectivos laudos, que, conforme item 9.5 do edital, correrão a expensas dos candidatos. “Os candidatos terão que apresentar 29 exames laboratoriais e seus respectivos laudos constantes no anexo V do edital, o que demanda tempo em sua confecção. Por isso, a necessidade de os candidatos realizar os exames tão logo saia o resultado final da redação, que está previsto para ocorrer no dia 19 de dezembro”, explicou o tenente-coronel.

As provas do exame ocorreram em setembro deste ano e houve um alto índice de faltosos (aproximadamente 60% dos inscritos). Elas foram aplicadas em Natal, Mossoró e Caicó. As disciplinas cobradas na prova objetiva foram Língua Portuguesa, Noções de Direito Constitucional, Geografia do Brasil e do RN, Noções de Direito Penal Militar, Noções de Direito Penal, Noções de Legislativo Extravagante, Noções de Informática e Legislação Específica da Polícia Militar.

Para ser aprovado na prova do concurso, o candidato teria de acertar 60% da prova objetiva e ainda obter o mínimo de 40% em cada disciplina. Após serem aprovados no exame de saúde, os candidatos ainda passarão pelo teste de aptidão física, avaliação psicológica, investigação social e avaliação de títulos. Haverá ainda o curso de formação para os aprovados.

O Concurso da PM-RN oferece 1 mil vagas para o cargo de soldado, que exige nível superior completo, altura mínima de 1,65 m para homens e 1,60 m para mulheres. Era necessário ter entre 21 e 30 anos e habilitação na categoria B. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, foram inscritos 9.404 homens e 3.437 mulheres.

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