Policiais penais dizem que só irão realizar tarefas com todas as condições de segurança necessárias
Pelo menos duas categorias diferentes da segurança pública do Rio Grande do Norte já anunciaram atos contra determinadas medidas do Governo do Estado. Enquanto os policiais penais irão deflagrar neste domingo (29) a operação “Portaria com Segurança”, os policiais e bombeiros militares se concentrarão na Governadoria, em Natal, na próxima terça-feira (31).
Os policiais penais do RN divulgaram nesta quarta-feira (25) que realizam a partir deste domingo a operação “Portaria com Segurança”, que visa realizar os procedimentos que atendam rigorosamente a todos os protocolos de segurança das unidades e dos servidores, conforme estabelece a Lei de Execução Penal. A medida foi definida em Assembleia Geral da categoria na última quarta, em frente à Governadoria, em Natal.
Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Penais do RN (SINDPPEN-RN), Vilma Batista, a operação “Portaria com Segurança” será deflagrada tendo em vista que a "Secretaria de Administração Penitenciária publicou uma série de portarias que visam punir e perseguir a categoria". Vilma explicou que com isso, dentro da operação, "os policiais penais vão realizar as tarefas diárias, mas somente aquelas em que a Seap forneça todas as condições de segurança necessárias”.
De acordo com a presidente do Sindppen-RN, em muitas unidades, os policiais penais são obrigados a empregar recursos e equipamentos próprios, como telefones, para a realização das atividades e para a manutenção da segurança interna e externa. “Além das condições de trabalho, os policiais penais enfrentam as dificuldades impostas pelo baixo efetivo, o que gera ainda mais risco para o desenvolvimento das atividades com segurança. Então, nada mais justo que cobrar do Estado que as portarias sejam executadas, desde que os recursos sejam disponibilizados”, completou Vilma.
A presidente do Sindppen-RN ressaltou, mais uma vez, que o sindicato está aberto ao diálogo e espera que o Governo do RN sente para conversar e, principalmente, que reveja alguns posicionamentos adotados pela Seap, que têm gerado prejuízos administrativos e desgastes institucionais para a categoria.
“Nós estamos dispostos, como sempre estivemos, a contribuir e a construir um Sistema Penitenciário melhor. No entanto, não podemos aceitar a imposição de retrocessos e medidas que podem colocar em risco a segurança das unidades e dos próprios servidores. Temos alertado as autoridades e buscado o Governo para dialogar, antes que o caos volte a se instalar no Sistema Penitenciário”, finalizou ela.
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