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Postado às 11h30 | 19 Ago 2017 | Redação Gestão passada da Previ fez operação suspeita de quase R$ 7 milhões no final de 2016

Economista Elviro Rebouças, atual presidente da Previ Mossoró, afirma que no último dia de expediente bancário do ano passado, dinheiro da previdência municipal foi retirado da agência local do Banco do Brasil para uma conta de um banco em São Paulo

Crédito da foto: Internet Economista Elviro Rebouças, presidente da Previ Mossoró, faz recelações graves sobre 'rombo' na prev

Blog do César Santos

O presidente do Instituto Municipal da Previdência Social dos Servidores de Mossoró (PREVI), economista Elviro Rebouças, fez revelações gravíssimas que afetam a gestão anterior e que provocam o Ministério Público Estadual para uma investigação profunda. Entrevistado pelos jornalistas Esdras Marchezan e Saulo Vale no Jornal de Tarde desta sexta-feira, 18, transmitido pela Rádio Rural AM (990 kHz), Elviro apontou que cerca de R$ 7 milhões foram retirados dos cofres da Previ no dia 29 de dezembro de 2016 (último dia de expediente bancário) e colocados num fundo de investimento duvidoso.

Segundo ele, esse fundo só tem dois clientes, a Previ e outro, sendo que 70% do seu capital é o dinheiro da Previ.

O negócio que feito pela gestão anterior impede também que o instituto interfira nesse dinheiro por um prazo de 10 anos. Elviro explicou que investimentos nesse tipo de fundo são investimentos de alto risco e que podem gerar muito prejuízo.

Ele afirmou que a Previ foi muito maltratada na última administração municipal. Os repasses, tanto da alíquota de 16,5%, patronal, que cabe à Prefeitura repassar dos seus funcionários para a Previ, nos últimos três anos (2014, 2015 e 2016), não foram feitos devidamente. A prática, considerada por ele como apropriação indébita, gerou um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres do instituto – valores atualizados. Para o cidadão entender melhor: a gestão passada descontou a contribuição previdenciária no salário do servidor e não repassou à Previ, de onde se questiona: onde foi parar o dinheiro?

Além disso, a gestão anterior acumulou uma dívida patronal de R$ 22 milhões. “Encontramos um débito da Prefeitura de Mossoró junto à Previ, entre servidor e dívida patronal, de R$ 32 milhões”, afirmou.

Os números apresentados por Elviro e a forma suspeita como o dinheiro da Previ foi tratada na gestão do ex-prefeito Silveira Júnior (PSD) exigem das instituições de controle da coisa pública, como Ministério Público e Tribunal de Contas, investigação urgente, postura firma, porque não se pode permitir que os recursos públicos desapareçam pelo ralo sem que os responsáveis não sejam responsabilizados por isso. Elviro Rebouças foi claro: entregou tudo documentado ao MPRN e ao TCE-RN.

Daí, o cidadão esperar que as instituições, sérias, reconheça-se, façam a sua parte.

O JORNAL DE FATO vai acompanhar o processo, como todo cidadão deve fazer, pois não se pode permitir que o caso nebuloso desapareça ao vento.

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