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Postado às 09h45 | 06 Nov 2017 | Redação Depois de nove campanhas presidenciais, PC do B decide se seperar do PT

Crédito da foto: Facebook Manuela D'Ávila, ex-deputada federal, cumpre mandato de deputado estadual no Rio Grande do Sul

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O PC do B vai ter candidatura própria à sucessão presidencial: Manuela D’Ávila é o nome. Ex-deputada federal, ex-vereadora e atual deputada estadual no Rio Grande do Sul, ela aceitou o desafio, acreditando que é possível estabelecer uma nova pauta na política brasileira, a partir do debate sério, longe do ambiente corrupto.

A sigla decidiu se afastar do PT, com quem esteve junto nas últimas sete eleições presidenciais, desde 1989. O PC do B integrou a coligação encabeçada pelo PT e apoiou como candidatos os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

A decisão de ter candidatura própria saiu no momento que o PT volta a dialogar com o PMDB e partidos que bancaram o impeachment da ex-presidente Dilma. Em pelo menos nove estados, PT e PMDB abriram diálogo.

O fato assusta o PC do B, uma vez que mostra que o PT continua disposto a tudo por seu projeto de voltar ao poder. A saída, como a  sigla já havia avisado, foi buscar uma solução dentro de casa, para defender o que realmente acredita na política e para o País.

O partido lançou nota para anunciar a pré-candidatura de Manuela e de apresentar as linhas que defenderá na campanha presidencial de 2018.

A pré-candidatura da deputada “tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torna-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”.

Manuela D’Ávila é jornalista e deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, já tendo cumprido dois mandatos como deputada federal, quando foi líder do PCdoB na Câmara dos Deputados. Foi indicada três vezes pelo Diap como uma das 100 “Cabeças” do Congresso e cinco vezes ao Prêmio Congresso em Foco, que premia os melhores parlamentares do Brasil. Em 2014 foi eleita deputada estadual e atualmente é também procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa.

Em 1999, filiou-se à União da Juventude Socialista (UJS). Também foi vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 2004, com 23 anos, foi eleita a mais jovem vereadora de Porto Alegre.

No PCdoB, ingressou em 2001 e, em 2013, foi eleita presidente estadual do partido. Na Câmara Federal, Manuela foi autora da Lei do Estágio e relatora do Vale-Cultura e do Estatuto da Juventude, presidiu a Comissão de Direitos Humanos e foi coordenadora da bancada gaúcha. Como deputada estadual, apresentou projetos importantes e foi proponente de diversas audiências públicas para debate de problemas e soluções com a população.

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