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Postado às 09h15 | 26 Set 2018 | Redação ALRN exonera suspeita de comandar esquema de desvio de recursos com servidores fantasmas

Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho foi presa na operação Canastra Real deflagrada no último dia 17 deste mês. Segundo as investigações, ela teria falsificado as assinaturas de pelo menos quatro investigados.

Crédito da foto: Reprodução/Inter TV Ana Augusta foi presa na operação Canastra Real deflagrada no último dia 17 deste mês

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) exonerou a chefe de Gabinete da Presidência, Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da ALRN desta quarta-feira, 26.

Ana Augusta foi presa na operação Canastra Real deflagrada no último dia 17 deste mês. Segundo as investigações, ela teria falsificado as assinaturas de pelo menos quatro investigados, o que, para o MPRN, reforça que “terceiros efetuavam os saques à revelia dos titulares”.

Além de Ana Augusta, foram presos temporariamente por 5 dias: Paulo Henrique Fonseca de Moura, Ivaniecia Varela Lopes, Jorge Roberto da Silva, Jalmir de Souza Silva e Fabiana Carla Bernardina da Silva, todos ex-assessores técnicos da Presidência da Assembleia Legislativa. Essas cinco pessoas, que foram indicadas por Ana Augusta, tinham altos vencimentos na Casa, embora não possuíssem nível superior.

Exoneração de Ana Augusta foi publicada no Diário Oficial da Assembleia desta quarta-feira (26)

A investigação verificou que todos os indicados possuem movimentações financeiras atípicas, recebendo mensalmente a importância líquida aproximada de R$ 13 mil. Logo após o depósito dos valores nas contas bancárias, as quantias eram integralmente sacadas. Essa movimentação financeira das contas bancárias, todas com saques padronizados, de valores idênticos, revela que os titulares não possuíam o controle de suas próprias contas.

Para o MPRN, as contas-correntes desses ex-assessores técnicos foram abertas somente para desvio de dinheiro público. Embora fossem servidores com alta renda, optaram por não contratar cartões de crédito. Mesmo sendo bem remunerados, investigação do Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPRN, mostra a ausência de aquisição de patrimônio no período em que estiveram nomeados para o cargo na Assembleia. A movimentação financeira deles não espelha a renda percebida.

Ainda de acordo com o MP, no mês de junho de 2015, houve saques com assinaturas de uma outra pessoa nas contas dos investigados Karla Ruama Freire de Lima, Jalmir de Souza Silva, Fabiana Carla Bernadino da Silva e Ivaniecia Varela Lopes, todos ex-assessores técnicos da Presidência da Assembleia presos na operação Canastra Real. “Mais uma vez, os padrões das assinaturas dos investigados nesse mês guardam muita semelhança entre si, e divergem consideravelmente dos originais”, cita trecho da decisão judicial. Em depoimento ao MPRN, três deles confirmaram que as assinaturas que estão nos recibos bancários não são deles.

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