Quinta-Feira, 30 de janeiro de 2025

Postado às 10h30 | 28 Jan 2025 | redação Três deputados do RN assinam pedido de impeachment contra o presidente Lula

Crédito da foto: Reprodução Bolsonaristas Sargento Gonçalves e General Girão assinaram documento

Deputados federais do Rio Grande do Norte que compõem a bancada de oposição ao governo federal assinaram o pedido de impeachment do presidente Lula (PT) por crime de responsabilidade, em virtude de suposta manobra fiscal, a chamada “´pedalada”, para financiar o programa Pé de Meia, beneficiando estudantes do ensino médio. O governo Lula pagou R$ 3 bilhões sem previsão orçamentária e sem autorização do Congresso Nacional.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) vem coletando assinaturas para o pedido de impeachment desde outubro do ano passado, quando já havia conseguindo 30 assinaturas, no fim de semana chegou a 96 e já no final da tarde da segunda-feira (27), contava com 106 assinaturas.

Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse no X (ex-Twitter) que Lula cometeu o crime de “irresponsabilidade fiscal” e convocou seus apoiadores para protestos para pedir impeachment. “A história se repete: impeachment à vista! Vamos voltar às ruas; fora, Lula!”, afirmou. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi outro que pediu a saída do presidente Lula do cargo. Em conversa com o deputado Coronel Chrisóstomo, ele afirmou que “esse desgoverno precisa sair logo”.

“Esse desgoverno precisa sair logo, o povo está sofrendo. Não podemos permitir mais esse tipo de erro com o dinheiro do povo”, declarou Bolsonaro.

Da bancada de oito deputados do Rio Grande do Norte, “quatro” assinaram – o deputado Sargento Gonçalves foi o primeiro, aparecendo como terceiro da lista de 106 parlamentares. Também assinam o documento o deputado General Girão (35º) da lista e o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), que assinou antes de deixar a Câmara dos Deputados em dezembro de 2024, aparecendo como 52º assinante do pedido.

A deputada federal Carla Dickson (União) assumiu a vaga de Paulinho na Câmara dos Deputados e seguiu o mesmo caminho, tendo assinado o pedido de impeachment na tarde de segunda, como 106ª assinante. O prazo para a coleta de assinaturas encerra-se nesta terça-feira (28). “Não só já assinei esse pedido de impeachement de iniciativa do deputado Rodolfo, como também já assinei o pedido de abertura de CPI de autoria dos deputados Zé Trovão e Marcos Pollon. E digo mais, se por acaso surgirem outros pedidos nesse sentido daqui por diante, também assinarei””, destacou Carla Dickson.

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou que “somos a favor do programa Pé de Meia, inclusive votamos favoravelmente esse programa, porém a legislação que institui o programa exige que o governo submeta anualmente ao Congresso o valor destinado ao incentivo”. Então, segundo Gonçalves, “o governo não pode tomar as decisões ao bel prazer, gastar dinheiro público sem a devida previsão legal, inclusive passando pela aprovação do Congresso Nacional”.

Gonçalves acredita que a evolução do pedido de impeachment “vai depender muito da conjuntura política, mas eu acredito que há esse sentimento por parte, de boa parte do Congresso, prova que já temos mais de 100 assinaturas de parlamentares apoiando esse pedido de impeachment, e atrelado a isso, acredito que existe o crescimento da desaprovação por parte do governo federal, algo que conta muito dentro desse cenário”.

O deputado Gonçalves disse, ainda, que “infelizmente, um governo que age de forma desastrosa, economicamente falando, moralmente falando, e agora, mais uma vez, cometendo crime de responsabilidade, algo que consideramos muito grave, e por isso entendemos que não há outro caminho a não ser o próximo presidente da Câmara pautar esse pedido de impeachment para que, de forma democrática, a Câmara Federal decida se acata ou não a abertura desse processo”.

Para o deputado General Girão (PL), “esse programa teve clara conotação de programa eleitoreiro. Surgiu em um momento de oportunismo politico. Pagar ao jovem para incentivá-lo a estudar? Sou totalmente contra isso aí e muitos deputados também são”. Agora, enfatizou o deputado Girão, “o Tribunal de Contas da União (TCU) confirma o que nós sabíamos: não havia recurso. Por isso, nem passou pelo Congresso, ferindo a Constituição e caracterizando o oportunismo barato usado pelo governo Lula”.

Girão espera que com a volta do recesso, a partir de 1º e fevereiro, “os deputados se unam e fomentem ainda mais a ideia do impeachment, sobretudo com a aquisição de mais assinaturas e apoio do presidente da Câmara”. Mas, Girão diz “acreditar no poder da população para movimentar ainda mais esse apoio que precisamos por parte do Congresso! Com a união do Congresso e o apoio popular, conseguiremos passar o impeachment do presidente Lula”.

Fonte: Tribuna do Norte

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