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Postado às 11h15 | 26 Fev 2018 | Redação Paralisação dos vigilantes afeta atendimento dos bancos a população

Em Mossoró, segundo os vigilantes, as principais agências bancárias estão com as atividades a população interrompidas. Os vigilantes estão concentrados nas duas principais agências bancárias do município

Crédito da foto: Marcos Garcia Um grupo de vigilantes está concentrado em frente ao Banco do Brasil

Vigilantes de diversas empresas de vigilância iniciaram nesta segunda-feira, 26, uma paralisação em todo o Rio Grande do Norte e comprometeram o funcionamento dos bancos. Em Mossoró, segundo os vigilantes, as principais agências bancárias estão com as atividades a população interrompidas.

Os vigilantes estão concentrados nas duas principais agências bancárias do município. Um grupo está em frente a Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Coronel Gurgel. Outro está concentrado na Praça Vigário Antônio Joaquim, que fica em frente ao Banco do Brasil.

Segundo o vigilante Noberto Soares, os bancos no município estão somente com expediente interno para os funcionários. Apenas os caixas de autoatendimento estão funcionando para a população.

“Os bancos em Mossoró estão parados. Não há atendimento interno para a população. As agências não estão com número suficiente para abrir para a população. Estão paradas as agências do Banco do Brasil, da Caixa, Santander, HSBC, Bradesco e Itaú”, explicou Noberto que informa ainda que os caixas eletrônicos podem ficar desabastecidos ao longo do dia.

“O pessoal também dos carros-fortes podem parar. Eles ainda estão abastecendo os caixas eletrônicos, mas ao longo do dia pode faltar dinheiro e aí o atendimento também no autoatendimento poderá ficar prejudicado”, disse.

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A reportagem do De Fato percorreu as principais agências nesta manhã. Observou que a população tenha usado os caixas eletrônicos. No entanto, os vigilantes que estão parados afirmam que não há atendimento interno.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região, Assis Neto, disse que o sindicato apoia o movimento e diz que durante todo o dia haverá fiscalizar. Caso verifique falta de condições de trabalho, Assis Neto disse que levaria ao Ministério Público. Ele ainda esclareceu que as empresas se comprometeram a colocar substitutos.

“A paralisação é no estado todo. Nós apoiamos o movimento e iremos fiscalizar. Se porventura, não houver condições das agências abrirem, iremos denunciar ao Ministério Público do Trabalho. As empresas de vigilância comprometeram-se a colocar substitutos”, disse.

 Mais cedo, o gerente geral da Caixa Econômica Federal em Mossoró, Julierme Torres, informou que se houvesse o número mínimo de vigilantes as agências da CEF abririam normalmente para o público.

“Se tiver o mínimo de vigilantes definidos pela Polícia Federal para que as agências funcionem nós vamos abrir normalmente. Ser não tiver nós não abriremos. Vamos nos informar sobre o movimento dos vigilantes para saber como vamos proceder. Os bancários todos vão para as agências. Caso não tenhamos condições de funcionamento, não abriremos para o público”, disse Torres.

Segundo a categoria, os patrões ofereceram reajuste de 1,81% tanto no salário quanto no vale-refeição, a devolução de todos os dirigentes sindicais às empresas, suspensão do desconto sindical em folha e ainda pretende implantar todas as mudanças impostas pela Reforma Trabalhista.

Segundo os vigilantes, “isso irá significar um retrocesso sem tamanho, não só para os vigilantes, como para os trabalhadores em geral. Vejamos, a escala de trabalho que hoje é de 12/36 passaria a ser de 12/12, retirada do descanso semanal remunerado, implantação do trabalho intermitente, diminuição do horário de almoço de uma hora para 30 minutos (sendo apenas 15 deles remunerado, fim da hora noturna reduzida (perda de R$ 253), pagamento de feriados (R$ 183), fim do adicional noturno (R$ 53), fim do direito à reciclagem, fim do direito ao colete à prova de balas custeado pelas empresas, fim das homologações pelo sindicato, estas seriam feitas diretamente junto à empresa retirando dos trabalhadores todo poder de contestação das rescisões indevidas”.

A paralisação é por tempo indeterminado. Os vigilantes dizem que permanecerão até às 16 horas em frente ao Banco do Brasil e nesta terça-feira, 27, eles voltarão ao local para continuar com a movimentação.

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